sábado, 2 de janeiro de 2010

Millenniumbcp - Joe Berardo afirma que responsáveis por problemas do BCP continuam «a viver à grande e à francesa»

O terceiro maior accionista do Banco Comercial Português (BCP) e presidente do Conselho de Remunerações do banco, Joe Berardo, afirmou, em declarações à TSF, que os responsáveis pelos problemas na instituição continuam «a viver à grande e à francesa», enquanto os accionistas enfrentam dificuldades todos os dias.

Joe Berardo afirma que ainda há mais casos no BCP para resolver (Peq. accionistas)

Joe Berardo sublinha que estas regalias concedidas a antigos responsnáveis do BCP avião privativo, dezenas de seguranças privados, etc...) são ilegais

O terceiro maior accionista do BCP e presidente do Conselho de Remunerações do banco, Joe Berardo, afirmou, este domingo à TSF, que não se conforma enquanto uns enfrentam dificuldades, outros continuam «a viver à grande e à francesa».

Joe Berardo refere-se, deste modo, ao facto de Jardim Gonçalves, que abandonou a presidência do BCP há ano e meio, continuar a ter regalias de luxo.

O BCP paga ao antigo presidente um avião a jacto para viagens pessoais e 40 seguranças privados. Uma situação com a qual Joe Berardo quer acabar, revelando que esta é só uma das situações para resolver na instituição.

«Há muitas coisa más pendentes, mas espero que em breve sejam anunciados os nossos outros problemas. Não sei como é possível que ainda hoje se abuse do que está a acontecer no BCP. Os accionistas são prejudicados todos os dias, e esses meninos que fizeram o problema todo continuam a viver à grande e à francesa», sublinhou Joe Berardo.

O presidente do Conselho de Remunerações do BCP assume mesmo que estes benefícios são ilegais.

«O problema é que há coisas foram feitas de forma ilegal hoje e no passado», frisou.

Este domingo, o Diário Notícias avançou que o antigo presidente da instituição faz viagens num jacto pago pelo BCP e tem ainda direito a 40 seguranças privados.

Contactado pela TSF, a administração do BCP não quis fazer qualquer comentário a esta questão.

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OBS:
Jardim Gonçalves é considerado um dos maiores criminosos do mundo... Continua a ter avião privativo do BCP... Tem cerca de 40 seguranças privados, 24 horas por dia, pagos pelo BCP... Devido a este indivíduo, há milhares de famílias a passar fome... E é causador da crise finanaceira, que se passa em Portugal...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Jardim Gonçalves acusado: Acusação ao BCP é baseada nos processos do Banco de Portugal e CMVM


A acusação do Ministério Público a parte da antiga administração do BCP é sustentada por informação transmitida pelo Banco de Portugal, no que diz respeito aos aspectos contabilísticos, e pela CMVM, relativamente à manipulação das acções do banco.
A queixa de Joe Berardo é a origem do processo de acusação a Jardim Gonçalves, Cristopher Beck, Filipe Pinhal, Castro Henriques e António Rodrigues. O processo só conseguiu ser construído graças às posteriores investigações e informações fornecidas pelo Banco de Portugal e Comissão de Mercados de Valores Mobiliários, apurou o Negócios.
A Procudoria Geral de República deverá ainda hoje emitir um comunicado sobre o processo.
Os cinco ex-administradores são acusados de manipulação de mercado, falsificação da contabilidade e burla qualificada. Jardim Gonçalves e Cristopher Beck são puníveis com pena de prisão até três anos, sendo que o crime de burla pode chegar aos oito anos de prisão.
A manipulação de mercado é matéria que está no âmbito das competências de supervisão do mercado de capitais e como tal da CMVM. A contabilidade é avaliada pelo Banco de Portugal.
Além dos processos crime, os administradores do BCP estão sujeitos a sanções por parte das autoridades de supervisão.
O Ministério Público acusa os cinco administradores de terem provocado um prejuízo da ordem dos 600 milhões de euros ao BCP e de terem recebido indevidamente 24 milhões de euros.
Em termos genéricos, o que está em causa é a acusação de compra de acções do BCP através de veículos e crédito do próprio banco – o que terá empolado a cotação accionista do banco – e a posterior não contabilização de perdas na contabilidade – o que empolou os lucros. Com base nesses resultados terão sido calculados os prémios atribuídos aos administradores.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

BCP CONSIDERADO O "CANCRO" DA ECONOMIA EM PORTUGAL

O MILLENNIUM BCP É O "CANCRO" DA ECONOMIA FINANCEIRA EM PORTUGAL




O BCP contagiou a crise económica a outras instituições financeiras...
Lesou empresas, clientes, accionistas, certas instituições e até mesmo o próprio Estado (perdões de milhões de euros a filhos de administradores, manipulações de mercado, off-shores, etc...
O BCP continua a ignorar e a usar "na má fé"todos os crimes por si perpetuados...

Algumas notícias do BCP nos principais jornais diários durante este último ano

* A CMVM divulga conclusão de caso de pequenos accionistas até Abril. Responsável alerta para imputação de responsabilidades no banco, a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) diz que irá divulgar a conclusão da investigação a um primeiro caso de pequenos accionistas do BCP entre Março e Abril deste ano. «Em Março ou Abril teremos a divulgação de um primeiro caso de pequenos accionistas», afirmou aos jornalistas o presidente da instituição, Carlos Tavares. Quanto ao processo «grande», esse ainda está a ser «desenvolvido». «Há uma situação importante que é a imputação de responsabilidades, desde os que conceberam, executaram ou tiveram conhecimento», adiantou o responsável, sublinhando que «os crimes são de pessoas e não da instituição». O presidente da CMVM salientou que o processo está, em algumas partes, próximo do fim, mas que estão dependentes do trabalho do Ministério Público para também concluírem o seu. «O nosso interesse não é demorar, até porque temos outros casos para tratar», terminou. Recorde-se que também ontem, o novo presidente do BCP, Carlos Santos Ferreira, garantiu que irá encontrar uma solução para os pequenos accionistas até à próxima Assembleia-geral (AG) do banco. Estas queixas estão relacionadas com os problemas ocorridos, em 2001, devido ao aumento do capital do banco e que resultaram que elevadas perdas para os pequenos accionistas. (10/03/2008)

* PGR diz que investigação ao BCP está longe de chegar ao fim
O Procurador-geral da República disse hoje que o processo de investigação no caso do BCP, que envolve a utilização de offshore e pessoas individuais ligadas ao maior banco privado português, está longe de ser concluído no curto prazo.
Em declarações aos jornalistas, à margem da tomada de posse do novo vice-presidente do Tribunal de Contas, Carlos Antunes, o Procurador-geral da República, Fernando Pinto Monteiro, disse que o processo do BCP "está longe do seu fim".
"O processo está a decorrer", acrescentou o Procurador-geral, argumentando que situações como essa "são coisas morosas".
Uma fonte judicial disse recentemente à agência Lusa que o caso pode "envolver necessidade de cooperação internacional" e as autoridades judiciais consideram a investigação "especialmente complexa, muito técnica e pericial" e em que a recolha de provas "envolve alguma demora".
As investigações, recorde-se, foram desencadeadas na sequência de uma denúncia feita à PGR pelo investidor e accionista do banco Joe Berardo, contra a instituição e pessoas individuais, e estão entregues à 9ª secção do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP), atendendo à sua competência especializada, na área da corrupção e criminalidade financeira.
A Polícia Judiciária, através da Direcção Central de Investigação da Corrupção e da Criminalidade Económica e Financeira (DCICCEF) está também estreitamente envolvida nestas investigações.
O processo decorre em articulação estreita com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que, como a Lusa noticiou, já identificou todas as pessoas ligadas às "offshore" em questão, e também com o Banco de Portugal.
(--- Jornal de Negócios com Lusa ---) (27/03/2008)

* O Banco Comercial Português (BCP), o maior banco privado que responde por cerca de 25% do mercado financeiro do país, atravessa prolongada crise de gestão e alguns dos seus principais administradores em Portugal são suspeitos de diversas irregularidades e crimes financeiros, sob investigação do Banco de Portugal.
Para o ministro luso das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, as denúncias de “operações ilegais” e “eventuais ilícitos criminais” no BCP devem ser investigadas e os culpados devem ser punidos. “É importante que as autoridades prossigam a sua atividade até ao fim e é importante que punam seja quem for e doa a quem doer”, disse Teixeira à rádio TSF, de Lisboa.
Segundo ele, foram “enunciadas publicamente um conjunto de operações ilegais, operações que indiciam ilícitos de natureza criminal que estão sob investigação do Banco Portugal, da CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) e do próprio DIAP (Departamento de Investigação e Ação Penal”.
De acordo com o Jornal de Negócios, o BCP teria concedido financiamentos de pelo menos 700 milhões de euros a sociedades "off-shores" que com esses fundos adquiriram ações do banco nos aumentos de capital feitos desde 2000. Uma prática que, a ser confirmada pelas investigações da CMVM e do Banco de Portugal, configura uma violação ao Código das Sociedades Comerciais e à lei bancária.
Na sexta-feira, 18 de janeiro, o governador do Banco de Portugal (BdP) falou por quase seis horas durante audiência na Assembléia da República, após muita polémica sobre o adiamento da data. Ele afirmou que a criação de 17 sociedades off-shore pelo Millenniumbcp para compra de ações próprias nunca foi comunicada pelos auditores externos. Os partidos da oposição, de esquerda e direita, consideram insatisfatórios os esclarecimentos de Vítor Constâncio, e o assunto está em todos os jornais lusos. (28/03/2008)

* BCP na comissão Parlamentar... A maior fraude do Século XXl (Francisco Louçã... 29/03/2008)

* O BCP poderá ser alvo de um processo de contra-ordenação muito grave por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários pelo facto de ter publicado o relatório e contas individuais referente a 2006 com um atraso de quase um ano.
Ex. Administradores vão ser ouvidos pela comissão de inquérito à supervisão financeira... (03/04/2008)

* O BCP arrisca vir a pagar coimas máximas no valor de quase nove milhões no âmbito da contra-ordenação desencadeada pelo Banco de Portugal (BdP) com base nos indícios de ilícitos detectados nas investigações que o supervisor tem em curso. Em causa estão regras desrespeitadas no âmbito de operações de financiamento de sociedades "off-shore" para a compra de acções do próprio BCP. (07/04/2008)

* A transição de funcionários da KPMG, auditora externa do BCP, para os quadros do banco e a identificação dos titulares e beneficiários de off-shores fazem parte do questionário base proposto para os trabalhos da comissão parlamentar de inquérito à supervisão financeira.
A comissão reúne-se esta quinta-feira para definir o questionário, que servirá de referência ao desenrolar dos trabalhos, e o Bloco de Esquerda (BE), que impôs a audição do fundador e presidente, durante quase 20 anos, do BCP, Jardim Gonçalves, avançou já com propostas. (10/04/2008)

* Milhares de famílias portuguesas, neste momento passam fome e miséria por culpa do BCP que continua a extorquir os bens a essas ""famílias endividadas accionistas", " burladas na venda fraudulenta de Acções Próprias BCP em 2000/2001 e 2002 (Campanha accionista Millenniumbcp ). Estas "dívidas de créditos manipulados, " estão contabilizadas no BdP... (11/04/2008)

* O antigo presidente do maior banco privado, Paulo Teixeira Pinto, admitiu esta terça-feira ter cometido alguns erros enquan/to dirigente do BCP, não avançando quais e considera «muito lamentável tudo o que aconteceu».... (04/05/2008)

* Tanta ilegalidade Sr. 1º Ministro, o Sr. Governador do Banco de Portugal, Sr. Presidente da CMVM, Sr. Ministro das Finanças, (em que este disse; "doa a quem doer") perante tantas ilegalidades gravíssimas para as quais o BCP tenta sempre se desculpabilizar, com os pretextos mais absurdos, não acha que é altura de suspender ou excluir o título BCP da Bolsa? É que as ilegalidades cometidas em 2000/2001 aos pequenos accionistas com a venda de acções próprias (manipuladas) arruinou e continua a arruinar milhares de pessoas indefesas; perante este MONSTRO BCP, nas quais mereciam um apoio especial por parte das autoridades. Se o BCP conseguiu enganar os Supervisores, imaginem a facilidade com que burlou milhares de famílias. O BCP teve sempre 'boa imprensa' que nunca o confrontou com o facto de dos 20 aumentos de capital com excepção do último ao par (suprema humilhação) terem um prémio de emissão que vai a reservas (o que supera o nominal de 1 €). Houve emissões a a 3 a 4 e creio que a 6 €. O facto é que em 2003 o capital próprio de Banco era inferior ao dinheiro que os accionistas lá meteram. De resto a Bolsa de Nova Iorque obrigou-os a apresentar Balanços com prejuizo que de facto se verificaram. De facto o Eng.º é o campeão de destruição de valor em Portugal. Com aumentos de capital sucessivos qualquer empresa cresce. Boa Dr. Ulrich ! F. Catarino Alguém põe em causa estas verdades? Era preciso alguém com coragem para dizer estas verdades. Como cliente e accionista do BCP, só aguardo uma oportunidade para deixar de o ser. O BCP está rodeado de parasitas e vaidosos. Não gosta dos clientes nem dos accionistas, mas tenta "sacar-lhes" o máximo. Portugueses, abram os olhos e não se deixem comer por esta tropa de elite!...
Os Gestores saíram do banco BCP com os "bolsos bem recheados", com o avalo do Governo! Saíram com os bolsos cheios de dinheiro e reformas astronómicas… Dinheiro sujo e impregnado de sangue, suor e lágrimas de tantos Portugueses que hoje sofrem as consequências da codícia e da malvadez destes bandidos estafadores e exploradores que algum dia caírão nas teias da Justiça. Porque lesaram os Portugueses e também a Pátria de maneira organizada , com alevosia e premeditação, como verdadeiros delinquentes de colarinho branco. Algum dia, talvez não longínquo, terão de pagar… Mas não confiámos nos Juízes Portugueses… Quanto daríamos para ter um Garzon, alguém com os “tomates” bem postos que limpasse e dignificasse a nossa pútri da justiça.
"Jardim Gonçalves" versus "Dona Branca". (Maio/2008)

* CMVM entrega na PGR relatório final que indicia crime de manipulação de mercado...
O presidente da CMVM, Carlos Tavares, entregou hoje na Procuradoria-geral da República (PGR) o relatório final sobre as averiguações referentes ao caso BCP , onde resume todas as provas que indiciam crime de manipulação de mercado...
O presidente da CMVM, Carlos Tavares, entregou hoje na Procuradoria-geral da República (PGR) o relatório final sobre as averiguações referentes ao “CASO BCP”, onde resume todas as provas que indiciam crime de manipulação de mercado... (28/06/2008)

* O presidente da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Carlos Tavares, garantiu esta quarta-feira que espera que o processo de contra-ordenação ao BCP esteja finalizado antes do final do Verão. (09/07/2008)

* Para a CMVM, não existem dúvidas: houve crime de manipulação do BCP com as acções do próprio banco. Em entrevista ao Diário Económico, que será publicada na edição de amanhã, Carlos Tavares lembra o relatório enviado ao Ministério Público e diz que a CMVM só entrega estes relatórios “quando existem esses indícios”. “É algo sério de mais para que não tenhamos elementos suficientemente seguros”, acrescentou. Ontem, o presidente da CMVM foi à comissão parlamentar de inquérito à supervisão bancária onde afirmou que “o próprio banco [BCP] deter ‘offshores’ que compravam acções dele próprio, com financiamento dele próprio, não é legal em lado nenhum”. “Tudo isto”, afirmou Carlos Tavares referindo-se ainda ao crédito concedido pelo banco aos pequenos accionistas, “faz parte de uma mesma lógica de construção que poderá ser conhecida quando concluirmos o processo em curso sobre prestação de informação não verdadeira ao regulador”... (10/07/2008)

* A CMVM notificou ontem o BCP da decisão de aplicar uma coima de três milhões de euros, em resultado da condenação no processo dos pequenos accionistas... (17/07/2008)

* Joe Berardo, accionista do Banco Comercial Português (BCP) e membro dos órgãos sociais, vai processar judicialmente as anteriores administrações da instituição financeira presididas pelo ex-CEO Jorge Jardim Gonçalves, acção que dará entrada nos tribunais em Setembro. Com cerca de 5,5 por cento do capital do BCP, Berardo anunciou que vai reclamar uma indemnização global acima de 700 milhões de euros. (21/07/2008)

* Teixeira Duarte abandona o Conselho Superior do BCP...
O banco apresentou uma queda dos resultados semestrais para um terço do lucro de há um ano e um quarto do lucro de há dois. Ontem, um dos accionistas históricos do BCP pediu para sair do Conselho Superior.(23/07/2008)

* BCP foi o banco com mais queixas na CMVM...
Os investidores nacionais apresentaram, no primeiro semestre, 248 reclamações junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM)... (31/07/2008)

* As sociedades ‘offshore’ do BCP, cujos esquemas de financiamento estão a ser investigados pela CMVM, pelo Banco de Portugal e pela PGR – Procuradoria-Geral da República, poderão estar implicadas na questão do financiamento da Teixeira Duarte para aquisição de acções da Cimpor em 2000 e 2001. Pelo menos, é esta a acusação feita pela Semapa Inversiones no novo ‘dossier’ entregue em Fevereiro à entidade presidida por Carlos Tavares... (13/08/2008)

* A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) condenou o Banco Comercial Português ao pagamento de uma coima de 3 milhões de euros por um total de 100 sanções. No entanto, o regulador deliberou a suspensão parcial da execução de 2,5 milhões de euros da coima aplicada se o banco indemnizar os clientes prejudicados nas campanhas accionistas de 2000 e 2001. A CMVM deliberou aplicar uma coisa de 3 milhões de euros ao BCP pelas infracções de intermediação excessiva, conflito de interesses, dever de conservadoria e qualidade da informação. No total, a CMVM aplicou 100 sanções ao BCP, que totalizavam 5,655 milhões de euros, no entanto, o regulador decidiu “proceder ao cúmulo jurídico das 100 sanções e condenar o arguído numa coima única no montante de 3 milhões de euros”. O organismo liderado por Carlos Tavares decidiu proceder à suspensão parcial da execução de 2,5 milhões de euros da coima aplicada, pelo prazo de dois anos, por considerar que a execução parcial da multa “realiza de forma adequada e suficiente as finalidades da punição, desde que verificadas as condições estabelecidas”. A CMVM justifica a decisão de aplicar a suspensão parcial da execução da coima com a “política assumida pelo actual conselho de administração do arguido”, que enviou a clientes seus uma proposta de Convenção de Mediação tendente ao ressarcimento de eventuais danos; ao facto de no aumento de capital realizado este ano não terem sido detectados “indícios de comportamentos idênticos aos que constituem objecto do presente processo” e à obrigação da sua actividade sancionatória ter “em conta a protecção de investidores concretos”. A suspensão parcial da execução da coima fica condicionada a duas condições:
Condição 1: O BCP, no prazo de 60 dias a contar da data da notificação da presente decisão tem que comunicar à CMVM; o universo total de clientes/accionistas destinatários das Campanhas Accionistas "Millennium bcp" de 2000 e 2001 que manifestaram pretensões indemnizadoras contra o arguído que ainda não tenham sido satisfeitas.
Condição 2: No prazo de um ano a contar da notificação da presente decisão, se verifiquem cumulativamente os seguintes requisitos:
1 - Ressarcimento efectivo pelo arguido dos clientes/accionistas, identificados nos termos da condição 1, pelos danos apresentados no processo de mediação, salvo se a proposta do mediador for recusada pelo cliente/accionista ou se este desistir do procedimento de mediação;
2 - Ressarcimento efectivo pelo arguido da maioria dos clientes/pequenos accionistas identificados nos termos da condição 1 que, não tendo sido abrangidos pelo processo de mediação, devam ser tratados em termos equivalentes por razões de equidade;
3 - O arguido comunique à CMVM as situações de ressarcimento efectivo, acompanhadas dos respectivos documentos comprovativos. A CMVM refere que a suspensão parcial da coima pode ser prorrogada, a pedido do arguído, por um máximo de mais seis meses, desde que, em requerimento fundamentado, este demonstre a necessidade de mais tempo para proceder às indemnizações devidas. Se qualquer das condições impostas pela CMVM não for preenchida nos prazos definidos, a suspensão fica sem efeito e o regulador procede à execução da integralidade da sanção aplicada. (18/08/2008)

* O Bastonário da Ordem dos Advogados (OA) defendeu hoje que a questão do BCP, BPN e do BPP deve ser objecto de «discussão pública» sobre os «privilégios dos bancos na sociedade portuguesa» e que o poder político deve ser confrontado com a situação. Pelos vistos, nenhum banco pode ir à falência porque o Estado vem salvá- lo, disse António Marinho Pinto, em entrevista à Agência Lusa, observando que, por outro lado, é preciso «ver o que se passa no submundo das instituições financeiras em Portugal», como «são usadas, que fins é que servem».O bastonário, que completa um ano de mandato, criticou as «off-shores» e o «endeusamento do segredo bancário» que, em muitos casos, servem como «instrumentos para cometer crimes« e considerou que a situação em redor dos bancos deve levar o país a reflectir sobre o assunto e o poder político a prestar esclarecimentos. (29/12/2008)

* A Comissão de Trabalhadores do BCP quer que o conselho de administração executivo do banco liderado por Carlos Santos Ferreira, colabore com as autoridades e actue “contra aqueles que se venha a confirmar terem lesado o banco”.
Esta posição foi defendida num comunicado emitido por aquele órgão represente dos trabalhadores do banco, emitido esta semana e a que o Negócios teve acesso.
A Comissão de Trabalhadores do BCP, que sempre optou por uma postura reservada em relação a este assunto, quebrou agora o silêncio para se pronunciar em relação às notícias vindas a público sobre as notificações de acusação contra-ordenacionais movidas contra antigos administradores e o Banco. 28/12/2008)

* Foram concedidos às ‘offshores’ créditos no valor de 590 milhões de euros entre 1999 e 2004, ano em que as sociedades passaram para três accionistas.
Cinco administradores, incluindo Pedro Líbano Monteiro, que não está acusado neste processo, assinaram os créditos e as renovações às dezassete ‘offshores’ que fazem parte da acusação do Banco de Portugal: António Rodrigues, António Castro Henriques, Christopher de Beck e Filipe Pinhal, alguns tinham os pelouros da Direcção Internacional, outros eram os ‘alternantes’, uma vez que no crédito é sempre preciso uma segunda assinatura de um qualquer administrador. Alípio Dias não consta desta lista, porque só interveio mais tarde, nas ‘offshores’ de Goes Ferreira que acabou por extinguir em 2007. Há ainda assinaturas de vinte directores do Grupo BCP (incluindo da sucursal de Cayman) que propunham o crédito. Pedro Líbano Monteiro foi apenas testemunha deste processo, o que se pode explicar pelo facto de as suas assinaturas serem anteriores a 2003, e por isso o seu envolvimento ter prescrito... (22/12/2008)

*
O BCP já enviou a sua defesa para a CMVM, que acusa a instituição de, entre outras coisas, ter prestado falsa informação e de ter usado offshores para compra de acções próprias BCP sem comunicar às autoridades.
O banco, que está a ser assessorado pelo gabinete de advocacia de João Soares da Silva, alega que os veículos foram criados no final dos anos noventa, pelo BCP e pelo extinto BPA, e que depois passaram para as mãos de outros veículos detidos por três clientes - Ilídio Monteiro, Bernardino Gomes e Frederico Moreira Rato.
Em 2001 e 2002 estas sociedades aparecem a transaccionar acções próprias do BCP, sem conhecimento dos supervisores, o que terá tido impacto nos fundos próprios do banco e alterado o seu valor real.(05/01/2009)

*
O BCP tornou-se um arrastão.
A sua desvalorização em Bolsa tornou dezenas de empresas e investidores reféns de bancos que lhes fiaram crédito para investir no Millennium. Joe Berardo, Manuel Fino, Teixeira Duarte, Filipe de Bottom, João Pereira Coutinho, João Rendeiro e outros notáveis investidores ficaram hipotecados. A maioria já reestruturou as suas dívidas, ganhando fôlego com carências do pagamento das dívidas. Mas isso é um socorro, não é uma solução.
O próprio BCP mantém-se num dilema... (06/02/2009)

* Procuradoras atacam crime económico.
Relatório: DIAP de Lisboa
A investigação de crimes ocorridos no sector financeiro e mercado de valores mobiliários está classificada como “prioridade principal” na secção do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, que investiga os crimes de colarinho branco. Isso mesmo consta do relatório anual do departamento dirigido por Maria José Morgado, referente a 2008, documento em que é destacado “o esforço persistente” da 9ª secção, dirigida por Teresa Almeida, “na condução de investigações muito complexas”, como os inquéritos ao BCP e BPP. (13/02/2009)

* As acções do BCP estão a cair 5% na bolsa nacional, tendo atingido durante a manhã os valores mais baixos de sempre nos 0,55 euros. Em quatro sessões, o banco acumula quedas de 20%.
Às 14h56, o BCP perdia 5,33% para os 0,58 euros, depois de ter sido chegado a cair 10% para um novo mínimo de sempre nos 0,55 euros, com 14.846.088 acções negociadas, e depois de ontem ter encerrado a sessão a perder 6,50%. Esta é a quarta sessão consecutiva em que a instituição liderada por Carlos Santos Ferreira vê os seus títulos desvalorizarem-se em 4% ou mais.(24/02/2009)

* O presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Carlos Tavares defendeu em Paris uma maior convergência da regulação dos mercados de capitais, que deve passar por um reforço dos poderes do Comité Europeu de Reguladores de Valores Mobiliários (CESR).
"Este modelo de regulação mais centralizada e com supervisão local parece-me a evolução mas indicada", afirmou Carlos Tavares, que é também vice-presidente do CESR, cargo para o qual foi ontem reeleito. E acrescentou: "Nós na CMVM somos partidários de uma evolução neste sentido", disse ao Negócios.
Uma possibilidade é dar "poderes regulatórios vinculativos ao CESR". (25/02/2009)

* ...Pouco interessa se a direita é culpada ou não de financiamento ilegal e corrupção ao mais alto nível. Pouco interessa se os socialistas são culpados de mais uma operação de manipulação da Justiça desenhada ou patrocinada ao mais alto nível num momento eleitoralmente conveniente. No fim, as duas verdades vão persistir. Mas certamente, mais uma vez, o Estado de Direito sai prejudicado. O descrédito da Justiça nas mãos da irresponsabilidade dos políticos e dos magistrados paga-se muito caro... a prazo! Obviamente qualquer semelhança com o caso Freeport e Portugal é pura coincidência... (26/02/2009) J Negócios...

sábado, 13 de dezembro de 2008

Banco de Portugal já decidiu acusação no caso BCP



O conselho de administração do Banco de Portugal (BdP) decidiu hoje quem são os acusados no caso de irregularidades cometidas com as "off-shore" do Banco Comercial Português, adiantou fonte oficial da entidade de supervisão ao Negócios. O conselho de administração do Banco de Portugal (BdP) decidiu hoje quem são os acusados no caso de irregularidades cometidas com as "off-shore" do Banco Comercial Português, adiantou fonte oficial da entidade de supervisão ao Negócios.
Fonte oficial não quis adiantar quaisquer outros processos sobre a acusação. Estão os acusados estarão alguns dos antigos administradores do BCP, estando em causm, entre outros ilícitos, a prestação de informação financeira falsa ao mercado.
“A decisão foi tomada hoje pelo conselho”, confirmou o porta-voz do BdP, adiantando que, como consequência de deliberação, serão feitas as notificações dos arguidos deste processo.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

CMVM proíbe "short selling" sobre títulos financeiros nacionais




A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) juntou-se a uma série de reguladores mundiais na proibição do recurso a operações de vendas a descoberto, o "short selling", sobre títulos de instituições financeiras. A medida deverá entrar em vigor já amanhã, e por tempo indeterminado.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) juntou-se a uma série de reguladores mundiais na proibição do recurso a operações de vendas a descoberto, o "short selling", sobre títulos de instituições financeiras. A medida deverá entrar em vigor já amanhã, e por tempo indeterminado.
Depois da Alemanha, França, Holanda, Bélgica, Austrália e a Ilha Formosa (Taiwan), terem seguido o exemplo dos EUA e do Reino Unido na abolidação temporária deste mecanismo que permite aos investidores ganhar com a queda das acções, hoje, a CMVM anunciou a adopção de medida semelhante.
Em comunicado, o regulador afirma que “durante um período limitado, os membros do mercado Euronext e do PEX devem recusar as ordens de venda de acções e outros valores mobiliários com elas relacionadas relativas a empresas financeiras cotadas na Euronext Lisbon quando o ordenante não lhes assegure, no momento em que é dada a ordem de venda, a disponibilidade prévia integral dos valores mobiliários objecto da ordem”.
“Estão em causa posições relativas a acções do Banco Comercial Português, do Banco BPI, do Banco Espírito Santo, do Banco Popular, do Banco Santander Central Hispano, do Banif SGPS, do Finibanco Holding e do Espírito Santo Financial Group”, acrescenta a entidade presidida por Carlos Tavares.
O Conselho Directivo da CMVM, que na sexta-feira aprovou a obrigatoriedade dos intermediários financeiros revelarem as operações de “short selling” no dia posterior à sua realização, determina que os membros dos mercados divulguem informação ao público sobre os investidores que assumam uma posição curta (“short selling”) sobre acções de empresas financeiras que excedam 0,25% do capital social das mesmas”.
Foi aprovado ainda um regulamento que estende esta obrigação de divulgação aos próprios investidores, impondo igualmente o dever de comunicação à CMVM “dessas posições curtas e de outras detidas em acções de empresas não financeiras cotados no Euronext Lisbon”.
“Esta decisão da CMVM atende às circunstâncias excepcionais que atravessam os mercados de capitais bem como às consultas entretanto mantidas no âmbito do Colégio de Reguladores da Euronext, tendo em vista a harmonização das regras sobre esta matéria nos respectivos mercados”, conclui o comunicado da CMVM.

domingo, 21 de setembro de 2008

CMVM analisa medidas para limitar 'short-selling'


A Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) está a analisar a necessidade de vir a adoptar medidas extraordinárias nas operações de 'short-selling' efectuadas em Portugal.
Uma fonte oficial da entidade reguladora dos mercados adiantou hoje à Reuters que esta análise está a ser realizada "no âmbito do Colégio de Reguladores da Euronext e do Committee of European Securities Regulators (CESR)".
"A CMVM está a analisar a oportunidade e a necessidade de tomar medidas extraordinárias relativas às operações de 'short-selling', para além da monitorização que já vem fazendo sobre as posições curtas assumidas pelos intermediários financeiros", acrescentou a mesma fonte.
A autoridade de supervisão defende que, "independentemente de quaisquer outras medidas, a obrigatoriedade de reporte transparente dessas operações aos supervisores assume particular importância nesta conjuntura".
Também esta semana, a entidade reguladora britânica Financial Services Authority (FSA) e a norte-americana Securities and Exchange Commission (SEC) proibiram temporariamente as operações de venda a descoberto de determinadas acções, para proteger os investidores e os mercados no actual cenário de crise financeira.
Esta medida de emergência da SEC irá vigorar até ao próximo dia 2 de Outubro, prazo esse que poderá ser prolongado por mais 10 dias, enquanto que a proibição imposta pela FSA irá permanecer durante quatro meses.
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Comentários :

F. Noronha Leal (noronha.leal@gmail.com)
Muito "ponderam" eles... É o Sr. Ministro da Economia a ponderar fazer agora aquilo que dizia ir fazer quando alargou o âmbito de actuação da ERSEléctricos para ERSEnergéticos e agora...o Sr. Presidente da CMVM a ponderar fazer aquilo que outros (USA, Reino Unido) reconhecem que já deviam ter feito há muito tempo (vá lá, fizeram agora!) Um pedido, ponderem menos e actuem mais, por favor!

mrrm
a uptick rule, tanto na cotação anterior como na média do dia, funcionou maravilhosamente durante décadas, até 7 de Julho de 2007, data em que foi suspensa. É curioso verificar o que sucedeu desde essa data. Há quem diga que o short-selling virou amok, uma expressão trazida pelos portugueses dos daiacos do Bornéu. digna da globalização. MMartins-Sintra

Joaquim Sartorio
Então que é feito do mercado livre? Agora as posições curtas é coisa má? Então os especuladores já não fornecem liquidez ao mercado? Agora são vilões? Como é que se faz a cobertura (hedging) das posições longas em índices, por exemplo,se não deixarem fazer vendas a descoberto? Palhaçada é o que isto é.

pedro miguel
Acho mto bem. Pena vir 10 anos atrasado. Caro Joaquim, na impossibilidade hedging, fecha-se parte da posição longa. é a unica solução para desalavancar o mercado e evitar a falencia do sistema. Há anos q se previa a ruptura sistemica na seuqencia da alavancagem excessiva motivada pelos derivados.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A ruína do capitalismo, com a banca com medo e desconfiança da própria banca!




Estava um cliente a convencer um banqueiro a emprestar-lhe dinheiro quando este lhe disse: "Vamos dar um passeio até lá fora". Passearam-se calmamente pelo centro financeiro e regressaram. Diz o banqueiro: "Já não tem de se preocupar, eu não o posso ajudar, mas qualquer um dos meus colegas vai oferecer-lhe o crédito de que precisa".

O banqueiro não terá sido simpático com a concorrência. Mas manipulou o bem mais precioso no mundo financeiro, a confiança. Um activo que se esfumou nestes três últimos dias de pânico financeiro em Wall Street e um pouco por todo o mundo.
Têm sido três dias de elevada tensão. E quando se pensa que a situação se vai acalmar após injecções massivas de dinheiro por parte dos bancos centrais e surpreendentes iniciativas de nacionalização por parte das autoridades norte-americanas eis que nascem novas potenciais vítimas. Ontem foi a vez das, até agora, também muito respeitadas Morgan Stanley e Goldman Sachs assistirem à queda das suas acções, vítimas de rumores de que também vão precisar de ajuda.
O terror que as instituições financeiras ontem revelaram em emprestar dinheiro umas às outras expôs a desconfiança generalizada em que se está a viver. As grandes vítimas dessa falta de confiança estão a ser os bancos de investimento, exactamente aqueles que dependem do financiamento das outras instituições financeira.
Começa a construir-se a convicção de que a banca de investimento deixará de existir como actividade isolada. Só as instituições que oferecem serviços de investimento, mas recebem também depósitos, vão sobreviver a esta crise. O que, a ser assim, cria maior confiança na resistência do abalado UBS. E coloca ainda no topo bancos como o Credit Suisse, o Deutsche Bank e o JP Morgan. E, obviamente, bancos com redes de retalho, destacando-se, entre os grandes, o Santander e o HSBC.
Com esta ideia generalizada, os investidores tenderão a fugir dos bancos de investimento que não captem depósitos, agravando os problemas que possam já ter. E a pressão a que estão sujeitos é, neste momento, brutal.
O ambiente de ontem foi de quase colapso dos mercados interbancários norte-americanos. Nos empréstimos uns aos outros, os bancos só emprestavam aos que tinham a certeza de que reuniam condições para estarem seguros. O que deixou de fora as casas de investimento, já de si "secas" pela fuga dos seus grandes clientes, eles também a escolherem os grandes e seguros para os seus negócios.
A mudança de discurso das autoridades, agora a reconhecerem que a crise é mais grave do que se previa, é mais um elemento a juntar-se aos muitos que justificam esta fuga generalizada para portos seguros, como grandes bancos com muitos depositantes – e com mais dinheiro vivo e menos criatividade financeira. E mesmo escolhendo ser clientes dessas instituições, deixaram de estar rendidos aos ditos produtos estruturados, optando pelo ouro, pelo clássico depósito ou, obviamente, pelos títulos de dívida pública, activos que os fariam sorrir de desprezo aqui há pouco mais de um ano.
Esta crise promete ser uma grande lição para o mundo financeiro. Para já parece que se está a saber separar entre o que se deve deixar falir e o que se deve nacionalizar. Quando o fogo estiver acabado é tempo de reconstruir um sistema financeiro mais transparente.

Comentário:

Já há muito que existe esta desconfiança; veja-se este grande exemplo do BCP, com os milhares de problemas e praticamente em "falência técnica"...
Os adoradores do deus mercado, os adeptos do neoliberalismo, os entusiastas do capitalismo high tech, os analistas económicos que debitam vulgaridades nos media "de referência", todos eles estão agora confrontados com uma realidade brutal: a ruína do capitalismo, pelo menos da forma em que o conhecemos. Estes últimos sete dias representaram uma viragem na história do capitalismo mundial (nacionalização de facto dos passivos da Fannie e do Freddie, falência do Lehman, salvamento da AIG, aumento gigantesco da dívida externa dos EUA, início do reflacionamento da economia estado-unidense).
Há que ser claro: o que o Federal Reserve e o Tesouro dos EUA querem salvar não é a economia dos Estados Unidos e sim os seus banqueiros. O plano em curso é para reflacionar os activos imobiliários a fim de minorar os desastrosos balanços dos bancos. Por isso aumentarão o endividamento da população daquele país. Ou seja, resolvem um problema de dívidas insolventes com a acumulação de ainda mais dívidas. Trata-se de uma neo-escravização através da dívida. A repartição do rendimento nacional dos EUA obviamente irá piorar.
A procissão ainda vai no adro. A crise sistémica do capitalismo está longe de acabada. As sequelas e repercussões pelo mundo afora têm desdobramentos que mal se podem adivinhar. O risco de o imperialismo empreender uma fuga para a frente através da guerra é enorme. Tudo isso num pano de fundo de uma realidade física inescapável: o mundo já atingiu o Pico Petrolífero, o que tem consequências fundas. (Resistir)