sábado, 13 de dezembro de 2008

Banco de Portugal já decidiu acusação no caso BCP



O conselho de administração do Banco de Portugal (BdP) decidiu hoje quem são os acusados no caso de irregularidades cometidas com as "off-shore" do Banco Comercial Português, adiantou fonte oficial da entidade de supervisão ao Negócios. O conselho de administração do Banco de Portugal (BdP) decidiu hoje quem são os acusados no caso de irregularidades cometidas com as "off-shore" do Banco Comercial Português, adiantou fonte oficial da entidade de supervisão ao Negócios.
Fonte oficial não quis adiantar quaisquer outros processos sobre a acusação. Estão os acusados estarão alguns dos antigos administradores do BCP, estando em causm, entre outros ilícitos, a prestação de informação financeira falsa ao mercado.
“A decisão foi tomada hoje pelo conselho”, confirmou o porta-voz do BdP, adiantando que, como consequência de deliberação, serão feitas as notificações dos arguidos deste processo.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

CMVM proíbe "short selling" sobre títulos financeiros nacionais




A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) juntou-se a uma série de reguladores mundiais na proibição do recurso a operações de vendas a descoberto, o "short selling", sobre títulos de instituições financeiras. A medida deverá entrar em vigor já amanhã, e por tempo indeterminado.
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) juntou-se a uma série de reguladores mundiais na proibição do recurso a operações de vendas a descoberto, o "short selling", sobre títulos de instituições financeiras. A medida deverá entrar em vigor já amanhã, e por tempo indeterminado.
Depois da Alemanha, França, Holanda, Bélgica, Austrália e a Ilha Formosa (Taiwan), terem seguido o exemplo dos EUA e do Reino Unido na abolidação temporária deste mecanismo que permite aos investidores ganhar com a queda das acções, hoje, a CMVM anunciou a adopção de medida semelhante.
Em comunicado, o regulador afirma que “durante um período limitado, os membros do mercado Euronext e do PEX devem recusar as ordens de venda de acções e outros valores mobiliários com elas relacionadas relativas a empresas financeiras cotadas na Euronext Lisbon quando o ordenante não lhes assegure, no momento em que é dada a ordem de venda, a disponibilidade prévia integral dos valores mobiliários objecto da ordem”.
“Estão em causa posições relativas a acções do Banco Comercial Português, do Banco BPI, do Banco Espírito Santo, do Banco Popular, do Banco Santander Central Hispano, do Banif SGPS, do Finibanco Holding e do Espírito Santo Financial Group”, acrescenta a entidade presidida por Carlos Tavares.
O Conselho Directivo da CMVM, que na sexta-feira aprovou a obrigatoriedade dos intermediários financeiros revelarem as operações de “short selling” no dia posterior à sua realização, determina que os membros dos mercados divulguem informação ao público sobre os investidores que assumam uma posição curta (“short selling”) sobre acções de empresas financeiras que excedam 0,25% do capital social das mesmas”.
Foi aprovado ainda um regulamento que estende esta obrigação de divulgação aos próprios investidores, impondo igualmente o dever de comunicação à CMVM “dessas posições curtas e de outras detidas em acções de empresas não financeiras cotados no Euronext Lisbon”.
“Esta decisão da CMVM atende às circunstâncias excepcionais que atravessam os mercados de capitais bem como às consultas entretanto mantidas no âmbito do Colégio de Reguladores da Euronext, tendo em vista a harmonização das regras sobre esta matéria nos respectivos mercados”, conclui o comunicado da CMVM.

domingo, 21 de setembro de 2008

CMVM analisa medidas para limitar 'short-selling'


A Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) está a analisar a necessidade de vir a adoptar medidas extraordinárias nas operações de 'short-selling' efectuadas em Portugal.
Uma fonte oficial da entidade reguladora dos mercados adiantou hoje à Reuters que esta análise está a ser realizada "no âmbito do Colégio de Reguladores da Euronext e do Committee of European Securities Regulators (CESR)".
"A CMVM está a analisar a oportunidade e a necessidade de tomar medidas extraordinárias relativas às operações de 'short-selling', para além da monitorização que já vem fazendo sobre as posições curtas assumidas pelos intermediários financeiros", acrescentou a mesma fonte.
A autoridade de supervisão defende que, "independentemente de quaisquer outras medidas, a obrigatoriedade de reporte transparente dessas operações aos supervisores assume particular importância nesta conjuntura".
Também esta semana, a entidade reguladora britânica Financial Services Authority (FSA) e a norte-americana Securities and Exchange Commission (SEC) proibiram temporariamente as operações de venda a descoberto de determinadas acções, para proteger os investidores e os mercados no actual cenário de crise financeira.
Esta medida de emergência da SEC irá vigorar até ao próximo dia 2 de Outubro, prazo esse que poderá ser prolongado por mais 10 dias, enquanto que a proibição imposta pela FSA irá permanecer durante quatro meses.
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Comentários :

F. Noronha Leal (noronha.leal@gmail.com)
Muito "ponderam" eles... É o Sr. Ministro da Economia a ponderar fazer agora aquilo que dizia ir fazer quando alargou o âmbito de actuação da ERSEléctricos para ERSEnergéticos e agora...o Sr. Presidente da CMVM a ponderar fazer aquilo que outros (USA, Reino Unido) reconhecem que já deviam ter feito há muito tempo (vá lá, fizeram agora!) Um pedido, ponderem menos e actuem mais, por favor!

mrrm
a uptick rule, tanto na cotação anterior como na média do dia, funcionou maravilhosamente durante décadas, até 7 de Julho de 2007, data em que foi suspensa. É curioso verificar o que sucedeu desde essa data. Há quem diga que o short-selling virou amok, uma expressão trazida pelos portugueses dos daiacos do Bornéu. digna da globalização. MMartins-Sintra

Joaquim Sartorio
Então que é feito do mercado livre? Agora as posições curtas é coisa má? Então os especuladores já não fornecem liquidez ao mercado? Agora são vilões? Como é que se faz a cobertura (hedging) das posições longas em índices, por exemplo,se não deixarem fazer vendas a descoberto? Palhaçada é o que isto é.

pedro miguel
Acho mto bem. Pena vir 10 anos atrasado. Caro Joaquim, na impossibilidade hedging, fecha-se parte da posição longa. é a unica solução para desalavancar o mercado e evitar a falencia do sistema. Há anos q se previa a ruptura sistemica na seuqencia da alavancagem excessiva motivada pelos derivados.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A ruína do capitalismo, com a banca com medo e desconfiança da própria banca!




Estava um cliente a convencer um banqueiro a emprestar-lhe dinheiro quando este lhe disse: "Vamos dar um passeio até lá fora". Passearam-se calmamente pelo centro financeiro e regressaram. Diz o banqueiro: "Já não tem de se preocupar, eu não o posso ajudar, mas qualquer um dos meus colegas vai oferecer-lhe o crédito de que precisa".

O banqueiro não terá sido simpático com a concorrência. Mas manipulou o bem mais precioso no mundo financeiro, a confiança. Um activo que se esfumou nestes três últimos dias de pânico financeiro em Wall Street e um pouco por todo o mundo.
Têm sido três dias de elevada tensão. E quando se pensa que a situação se vai acalmar após injecções massivas de dinheiro por parte dos bancos centrais e surpreendentes iniciativas de nacionalização por parte das autoridades norte-americanas eis que nascem novas potenciais vítimas. Ontem foi a vez das, até agora, também muito respeitadas Morgan Stanley e Goldman Sachs assistirem à queda das suas acções, vítimas de rumores de que também vão precisar de ajuda.
O terror que as instituições financeiras ontem revelaram em emprestar dinheiro umas às outras expôs a desconfiança generalizada em que se está a viver. As grandes vítimas dessa falta de confiança estão a ser os bancos de investimento, exactamente aqueles que dependem do financiamento das outras instituições financeira.
Começa a construir-se a convicção de que a banca de investimento deixará de existir como actividade isolada. Só as instituições que oferecem serviços de investimento, mas recebem também depósitos, vão sobreviver a esta crise. O que, a ser assim, cria maior confiança na resistência do abalado UBS. E coloca ainda no topo bancos como o Credit Suisse, o Deutsche Bank e o JP Morgan. E, obviamente, bancos com redes de retalho, destacando-se, entre os grandes, o Santander e o HSBC.
Com esta ideia generalizada, os investidores tenderão a fugir dos bancos de investimento que não captem depósitos, agravando os problemas que possam já ter. E a pressão a que estão sujeitos é, neste momento, brutal.
O ambiente de ontem foi de quase colapso dos mercados interbancários norte-americanos. Nos empréstimos uns aos outros, os bancos só emprestavam aos que tinham a certeza de que reuniam condições para estarem seguros. O que deixou de fora as casas de investimento, já de si "secas" pela fuga dos seus grandes clientes, eles também a escolherem os grandes e seguros para os seus negócios.
A mudança de discurso das autoridades, agora a reconhecerem que a crise é mais grave do que se previa, é mais um elemento a juntar-se aos muitos que justificam esta fuga generalizada para portos seguros, como grandes bancos com muitos depositantes – e com mais dinheiro vivo e menos criatividade financeira. E mesmo escolhendo ser clientes dessas instituições, deixaram de estar rendidos aos ditos produtos estruturados, optando pelo ouro, pelo clássico depósito ou, obviamente, pelos títulos de dívida pública, activos que os fariam sorrir de desprezo aqui há pouco mais de um ano.
Esta crise promete ser uma grande lição para o mundo financeiro. Para já parece que se está a saber separar entre o que se deve deixar falir e o que se deve nacionalizar. Quando o fogo estiver acabado é tempo de reconstruir um sistema financeiro mais transparente.

Comentário:

Já há muito que existe esta desconfiança; veja-se este grande exemplo do BCP, com os milhares de problemas e praticamente em "falência técnica"...
Os adoradores do deus mercado, os adeptos do neoliberalismo, os entusiastas do capitalismo high tech, os analistas económicos que debitam vulgaridades nos media "de referência", todos eles estão agora confrontados com uma realidade brutal: a ruína do capitalismo, pelo menos da forma em que o conhecemos. Estes últimos sete dias representaram uma viragem na história do capitalismo mundial (nacionalização de facto dos passivos da Fannie e do Freddie, falência do Lehman, salvamento da AIG, aumento gigantesco da dívida externa dos EUA, início do reflacionamento da economia estado-unidense).
Há que ser claro: o que o Federal Reserve e o Tesouro dos EUA querem salvar não é a economia dos Estados Unidos e sim os seus banqueiros. O plano em curso é para reflacionar os activos imobiliários a fim de minorar os desastrosos balanços dos bancos. Por isso aumentarão o endividamento da população daquele país. Ou seja, resolvem um problema de dívidas insolventes com a acumulação de ainda mais dívidas. Trata-se de uma neo-escravização através da dívida. A repartição do rendimento nacional dos EUA obviamente irá piorar.
A procissão ainda vai no adro. A crise sistémica do capitalismo está longe de acabada. As sequelas e repercussões pelo mundo afora têm desdobramentos que mal se podem adivinhar. O risco de o imperialismo empreender uma fuga para a frente através da guerra é enorme. Tudo isso num pano de fundo de uma realidade física inescapável: o mundo já atingiu o Pico Petrolífero, o que tem consequências fundas. (Resistir)


sábado, 2 de agosto de 2008

Jardim Gonçalves tinha processado Joe Berardo!





Berardo desconhece processo interposto por Jardim Gonçalves


Ex-presidente do banco exige retratação pública ou indemnizaçãoJoe Berardo disse esta quinta-feira à Agência Financeira que desconhece qualquer notificação judicial relacionada uma retratação pública ou uma indemnização exigida pelo antigo presidente do BCP, Jorge Jardim Gonçalves.

Mas a verdade é que o ex-presidente do banco garantiu esta quinta-feira ter interposto uma acção judicial contra o investidor Joe Berardo e exige agora uma retratação pública das acusações que este fez ou uma indemnização de 500 mil euros.

«Ainda não recebi nada e desconheço isso. Mas gostava que ele [Jardim Gonçalves] fizesse isso e só espero que isto ande para a frente. Quem fez mal aos accionistas foi ele, não fui eu», disse o empresário madeirense à AF, acusando ainda Jardim Gonçalves de «fazer aldrabices para ganhar mais dinheiro».

Berardo afirmou ainda que espera que «o Banco de Portugal (BdP) acabe com isto o mais rápido possível».

Recorde-se que o comendador, um dos maiores accionistas do Millennium Bcp, disse no passado dia 18, em entrevista à «SIC Notícias», que ia processar judicialmente ex-administradores da instituição bancária devido à «aldrabice que andaram a fazer naquela instituição».

Na mesma entrevista, Berardo comparou Jardim Gonçalves ao ditador Salazar, considerando que ambos começaram por fazer um bom trabalho mas não souberam sair pela porta grande.

domingo, 13 de julho de 2008

Indymac é o quinto banco nos EUA a falir este ano devido ao 'subprime'...

O BCP deve estar atento a este exemplo!...

Pânico obriga EUA a nacionalizar banco...

Indymac é o quinto banco nos EUA a falir este ano devido ao 'subprime'

A corrida ao levantamento dos depósitos pelos clientes de um dos maiores bancos de hipotecas dos EUA - com activos avaliados em 32 mil milhões de dólares (20 mil milhões de euros) - levou à tomada do seu controlo pelas autoridades federais. As declarações do senador democrata Charles Schumer, que alertou, no final de Junho, que o Indymac teria muitas dificuldades em sobreviver à crise financeira provocada pelos problemas no crédito hipotecário de alto risco (subprime), foram avançadas, pelos responsáveis da supervisão nos EUA como justificação para a corrida aos depósitos. Desde que foi conhecido esse alerta de Schumer, o Indymac viu saírem dos seus cofres 1,3 mil milhões de dólares.

"Estou muito, muito zangado por causa disto tudo. Queria tirar o meu dinheiro", sublinhou um dos clientes do Indymac, citado pela BBC, quando foi confrontado, na sexta-feira, com as portas fechadas de uma das agências do banco com sede na Califórnia. Uma outra cliente desabafou à Reuters que estava "furiosa" por não ter sido avisada a tempo.

Os reguladores federais consideraram que o IndyMac não tinha condições para cumprir as obrigações com os seus depositantes e decidiu encerrá-lo enquanto procura um comprador. Os clientes com depósitos individuais até 100 mil dólares estão cobertos por seguros. Mas cerca de 10 mil pessoas têm depósitos acima desse valor, não cobertos, num montante total de mil milhões.

O senador visado pelos supervisores contra-atacou em comunicado, frisando que os reguladores "têm de começar a fazer o seu trabalho para evitar outros Indymacs".

A escassez de dinheiro no sistema financeiro - devido aos efeitos da crise do subprime - está a colocar muitas instituições no limite das suas capacidades. Na sexta-feira, as bolsas dos EUA caíram perante os rumores - entretanto desmentidos - de que os dois maiores bancos hipotecários do país (Fannie Mae e Freddie Mac) estariam perto da falência. Os analistas admitem que outros casos como o do IndyMac deverão surgir
até ao final do ano.

Indymac é o quinto banco nos EUA a falir este ano devido ao `subprime`...

O BCP que olhe para este exemplo!

Pânico obriga EUA a nacionalizar banco
Indymac é o quinto banco nos EUA a falir este ano devido ao 'subprime'

A corrida ao levantamento dos depósitos pelos clientes de um dos maiores bancos de hipotecas dos EUA - com activos avaliados em 32 mil milhões de dólares (20 mil milhões de euros) - levou à tomada do seu controlo pelas autoridades federais. As declarações do senador democrata Charles Schumer, que alertou, no final de Junho, que o Indymac teria muitas dificuldades em sobreviver à crise financeira provocada pelos problemas no crédito hipotecário de alto risco (subprime), foram avançadas, pelos responsáveis da supervisão nos EUA como justificação para a corrida aos depósitos. Desde que foi conhecido esse alerta de Schumer, o Indymac viu saírem dos seus cofres 1,3 mil milhões de dólares.

"Estou muito, muito zangado por causa disto tudo. Queria tirar o meu dinheiro", sublinhou um dos clientes do Indymac, citado pela BBC, quando foi confrontado, na sexta-feira, com as portas fechadas de uma das agências do banco com sede na Califórnia. Uma outra cliente desabafou à Reuters que estava "furiosa" por não ter sido avisada a tempo.

Os reguladores federais consideraram que o IndyMac não tinha condições para cumprir as obrigações com os seus depositantes e decidiu encerrá-lo enquanto procura um comprador. Os clientes com depósitos individuais até 100 mil dólares estão cobertos por seguros. Mas cerca de 10 mil pessoas têm depósitos acima desse valor, não cobertos, num montante total de mil milhões.

O senador visado pelos supervisores contra-atacou em comunicado, frisando que os reguladores "têm de começar a fazer o seu trabalho para evitar outros Indymacs".

A escassez de dinheiro no sistema financeiro - devido aos efeitos da crise do subprime - está a colocar muitas instituições no limite das suas capacidades. Na sexta-feira, as bolsas dos EUA caíram perante os rumores - entretanto desmentidos - de que os dois maiores bancos hipotecários do país (Fannie Mae e Freddie Mac) estariam perto da falência. Os analistas admitem que outros casos como o do IndyMac deverão
surgir até ao final do ano. - P.F.E.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

PROVAS DOCUMENTADAS POR UM EX . FUNCIONÁRIO...


"Ser accionista BCP é ter acesso a um importante conjunto de benefícios que vão tornar o seu investimento ainda mais rentável:.." está bem explícita a garantia da rentabilidade do investimento em Acções BCP, aliás foi este o argumento predominante dos colaboradores do BCP para a colocação das Acções "investimento seguro e garantido".

O BCP utilizou ao longo da "Campanha Accionista BCP" contratos simulados com elevados valores, onde nos contratos de crédito está mencionado que o destino do financiamento é "necessidades de tesouraria", mas destinou-se a aquisição de acções BCP, fugindo assim ao controlo do BdP e da CMVM quanto ao montante máximo legal autorizado para o financiamento de acções próprias.

Existe financiamentos concedidos a empresas para "necessidades de tesouraria" de montantes elevados e quando o financiamento foi creditado na conta da Empresa o crédito de seguida foi transferido para a conta particular do sócio e aí foi utilizado na compra de Acções BCP.

O BCP em créditos de "aquisição de acções BCP" quando estes entram em mora, transfigura-os em "créditos ao consumo". Quando estes créditos são cedidos a empresas como: "intrum justitia", "domus venda", "withe star" também são cedidos como "créditos ao consumo".

Nas audiências de Julgamentos há funcionários do BCP, arrolados como testemunhas deste, que afirmam que não houve pressão sobre os clientes para que adquirissem as acções, que as operações de crédito para a aquisição de acções BCP foram objecto de análise casuística, no que dizia ser de "garantia", as próprias acções BCP. Estes testemunhos naturalmente que interferem na decisão dos digmºs Magistrados em detrimento das vítimas que se encontram fragilizadas e sem meios de defesa face ao poderio económico, conhecimentos e staff de advogados de que o BCP dispõe. O BCP tem vindo a negar a entrega de documentos, por exemplo: cópia dos "contratos de crédito", cópia das "ordens de compra em bolsa" o que dificulta a correcta elaboração e apreciação dos processos judiciais. O BCP vendeu acções próprias a crédito na conta de uma criança com 11 anos e na de uma senhora analfabeta com 90 anos que auferia uma pensão modesta.

Foram efectuadas penhoras de ordenados referentes a créditos de aquisição de acções em que não foi salvaguardado o montante mínimo legal estipulado para o cliente.

Muito se falou nas Offshore, mas pela documentação interna do BCP que junto, creio que o “Alvo” lesado foi os pequenos accionistas que se encontram fragilizados e indefesos, que vem ao longo destes anos vivendo um terrível pesadelo, reflectindo-se também nos agregados familiares e que alguns já vêm alertando a CMVM e BdP há vários anos, sem resultados práticos. Presentemente há pessoas que ao tempo eram jovens estudantes e sem qualquer rendimento, que hoje querem organizar as suas vidas e estão impossibilitados de o fazer por constrangimentos diversos nomeadamente na listagem de risco do BdP. Há pessoas a recorrerem a tratamentos psiquiátricos por via da situação criada pela aquisição das acções BCP em 2000/2001.

Tem sido corrente na comunicação social referir "os pequenos accionistas lesados com o Aumento de Capital do BCP em 2000 e 2001". Tomo a liberdade de esclarecer que em 2000 não houve qualquer Aumento de Capital para subscrição ao público em geral, como se pode confirmar em: http://www.bcp.pt/pubs/pt/investidores/titulobcp/stocksplit/

http://www.millenniumbcp.pt/pubs/pt/investidores/titulobcp/stocksplit/;jsessionid=Q4K5VCOMEUMOFQFIAMFSFFWAVABQWIY4

houve sim em 26.05.2000 instruções à rede BCP para fomentar a troca de Acções BPSM por acções BCP...

...O lançamento da denominada "Campanha Accionista BCP" em 07.07.2000 em que se lê:" …Esta Campanha visa essencialmente: …b) o aumento de capital colocado junto do público (medido em termos de acções colocadas)."A Campanha será conduzida através das Redes do Grupo e decorrerá entre 10 de Julho e 30 de Setembro de 2000.""2.IMPORTANCIA ESTRATÉGICA DA CAMPANHA…."3.CARACTERIZAÇÃO DA CAMPANHA…""3.1-Sistema de Objectivos …NOTA: Cada Balcão só terá cumprido com os Objectivos …Dada a importância estratégica desta Campanha foi instituído um sistema de incentivos que se traduzirá, no final da Campanha, de:

25 Euros por cada novo accionista e 0,10 Euros por cada acção colocada…" "4. ARGUMENTÁRIO DE VENDA…" 5. VANTAGENS PARA A REDE SOTTO MAYOR… pela oferta de uma aplicação interessante para os clientes…pelos Incentivos Comerciais.

Não se esqueçam:

Estamos a vender o nosso desempenho …Vamos aproveitar os contactos dos nossos clientes para acções de venda sistematizadas. …"

"Vamos duplicar a base accionista do BCP…"

" "FLASH COMERCIAL" … Faltam 23 dias Para terminar a Campanha Accionista…A CAPTAÇÃO DE NOVOS ACCIONISTAS está muito aquém do Objectivo. Necessitamos de um esforço adicional. …"

" Os factores de natureza estratégica que presidiram ao lançamento da "Campanha Accionista BPSM" mantém-se válidos, mesmo para além do período da acção em curso (30 de Setembro).

Todos os Balcões, no âmbito da sua actuação comercial, deverão ter presente que constituem objectivos estratégicos permanentes para a Rede Sottomayor o aumento da base de Clientes accionistas do BCP e a colocação do maior número possível de acções BCP junto dos nossos Clientes.

Salientamos que o título BCP é um título de referência do sector financeiro devido à evolução das cotações e ao potencial de valorização, sendo recomendado por vários especialistas financeiros: ..."

"FLASH COMERCIAL"…A CAPTAÇÃO DE NOVOS ACCIONISTAS necessita de um esforço adicional."

"CAMPANHA ACCIONISTA BCP 2001… A ´´Campanha Accionista MILLENNIUMBCP 2001" é uma acção continuada durante todo o ano que visa essencialmente:

a) O incremento da base accionista com um significativo aumento do número de accionistas.

b) O aumento de capital colocado junto do público (medido em termos de acções colocadas).

2. OBJECTIVOS:

A Campanha tem como Objectivo final para a Rede Sottomayor (Dezembro de 2001) a angariação de 8.000 novos accionistas, com a correspondente aquisição de 6.000.000 acções.

A 1ª Fase desta Campanha, com esforço adicional, será de 24 de Janeiro a 17 de Março, sendo os Objectivos específicos desta fase, 2/3 do Objectivo anual….

A base de partida para esta Campanha é a posição das Agências no dia 5 de Janeiro de 2001, no que respeita a quantidade de acções e ao número de accionistas.

. A informação respeitante às Acções apresenta o saldo resultante das ordens de compra

Efectivadas desde o dia 5 de Janeiro até ao final da 1ª Fase da Campanha, menos as ordens de venda das mesmas. …

. Cada Agência só terá cumprido com os Objectivos da 1ª Fase da Campanha se, no final desta tiver cumprido integralmente com os Objectivos estabelecidos para a "Captação de novos Accionistas" e com os Objectivos estabelecidos para a "Aquisição de acções". ….

3 – APOIO COMERCIAL

Estará brevemente disponível no IMS – Aplicação AM – Campanhas de Marketing a identificação das Contas DO que obedecem aos critérios abaixo definidos e que pertencem a Clientes identificados como sendo potenciais aderentes:

. Contas DO com aplicações de títulos ou Fundo de Acções, sem acções BCP.

. Contas DO com Depósitos a Prazo e Fundos (somatório igual ou superior a 1.500

contos) ou saldo médio anual ou igual ou superior a 300 contos, sem acções BCP.

. Brevemente enviaremos o "Argumentário de venda".

4 – IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA CAMPANHA

. Contribui para alargamento da base accionista de retalho do BCP

. Fideliza clientes. …

Relembramos que os recursos financeiros não são inesgotáveis e devemos antecipar-nos junto dos nossos clientes que representam um enorme potencial de colocação."

… Período de Subscrição do Aumento de Capital: 2.03 a 16.03 …"

"MUITO IMPORTANTE E URGENTE"…

ESTAMOS EM CAMPANHA ACCIONISTA

O aumento de Capital vem ajudar ao cumprimento dos Objectivos desta Campanha (angariação de 5.333 novos Accionistas e aquisição de 4.000.000 de Acções que representam 2/3 do Objectivo final do ano)

Dada a importância estratégica desta Campanha

A REDE COMERCIAL DEVERÁ ACTUAR JÁ E COM RAPIDEZ

. Foi também instituído um sistema de incentivos…

2. ACTUAÇÃO DA REDE – 1ª FASE

2.1 . Sobre os Clientes accionistas do BCP

Recomendação: A Rede deverá persuadir os clientes para que todos os accionistas vão ao aumento de capital, exercendo o seu direito de preferência, informando-os das vantagens inerentes a esta situação.

2.2 . Sobre Clientes não accionistas do BCP

Recomendação: A Rede deverá fazer um esforço junto dos clientes de modo a que estes adquiram as acções até ao próximo dia 23 de Fevereiro, (data prevista) permitindo assim que as comprem com o "pacote completo"…

Recomendação final: A Rede deverá aproveitar todos os contactos para acções de venda sistematizada de acções BCP e deverá...

5 – ARGUMENTÁ RIO


"INVESTIR EM BCP: EXCELENTES FACTOS E ARGUMENTOS

1. Incentivos:

2. Objectivos das Redes

De forma a incentivar conjuntamente o exercício dos direitos inicialmente detidos e a compra de mais direitos em Bolsa, os objectivos de colocação de cada Rede serão correspondentes à subscrição de acções em número equivalente a 115% dos direitos creditados na conta dos accionistas/cliente de cada Rede no primeiro dia da operação (2 de Março). …

São excertos dos "relatórios e contas" do BCP em que se verifica um forte movimento de acções próprias (compras 121.632.470, vendas 141.878.470), já em 2001 só adquiriu 7.300.520 sendo que 4.834.006 dessas foram provenientes do exercício de direitos no Aumento de Capital, tendo alienado 30.329.806 sendo 25.004.290 para dotação do Fundo de Pensões. Em 2002 adquiriu 5.672.991 tendo alienado a totalidade da carteira de acções BCP para o Fundo de Pensões, assim em 31.12.2002 não detinha acções BCP em carteira e nos anos de 2003,2004, 2005 e 2006 não negociou qualquer acção BCP. Julgo que as acções transaccionadas nas contas Offshore em investigação não estão reflectidas nestes relatórios.

"Aqui, mais que as palavras, o que conta são as acções"...

…Nota: oferta válida até ao fim de Setembro de 2000…

Ser accionista BCP é ter acesso a um importante conjunto de benefícios que vão tornar o seu investimento ainda mais rentável...

Isto tudo prova que houve muita persuasão e indução em erro nos clientes...

O BCP é interveniente e julgo que demonstram claramente indícios da "TEIA" que o BCP montou e em que foram apanhados milhares de clientes particulares, colaboradores, empresas e emigrantes. Creio que também são evidentes os indícios de manipulação da cotação do título BCP nos anos 2000 e 2001 e que segundo as notícias vindas a pública foram desencadeadas outras operações paralelas com "Offshore".

Como existe muitas pessoas que passam por graves danos de saúde física e psíquica, desarmonia familiar para além elevadas perdas patrimoniais, passando por graves privações que se reflectem também nos seus familiares. Pessoas que não têm posses financeiras para recorrer a advogados para além do desconhecimento que têm do contexto em que a prática do BCP se revestiu. Tendo conhecimento de que o BCP mesmo com a actual Administração continua a executar esses clientes e a pressionar para que façam o pagamento dos créditos, Denuncio a estratégia do BCP referente à colocação de Acções próprias nos pequenos investidores, para que investiguem e apurarem responsabilidades, dada a gravidade da situação de muitas famílias que se consideram vitimadas .

Há execuções de livranças que os clientes entregaram em branco sem que tivessem sem conhecimento do "pacto de preenchimento da livrança" nem assinado esse pacto. Existe contratos que foram fotocópias tiradas nas Agências sem os clientes terem conhecimento do clausulado nem tão pouco assinado esse clausulado. Nos contratos +- a meio existe este texto "…, e tendo já feito entrega da necessária ordem de compra em bolsa,..", mas há clientes que nunca assinaram qualquer ordem de compra, havendo compras feitas "ao melhor" ou ao preço de venda no momento da compra, de notar que enquanto decorreu a Campanha no ano 2000 até Setembro o título foi "valorizando" progressivamente o que indicia manipulação face à Campanha que o BCP encetou nesse período...



O BCP fez crime de manipulação de mercado


CMVM já identificou indivíduos ligados às irregularidades cometidas com acções do BCP em 'off-shores'

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários terá já identificado todos os beneficiários das 'off-shores' utilizadas para a compra de acções do BCP, que terá alegadamente servido para a manipulação do mercado, confirmou fonte da entidade de supervisão à agência Lusa.

Sara Gamito

A utilização pelo BCP de diversas sociedades anónimas, sediadas em paraísos fiscais, para a compra de acções próprias, com financiamento próprio, é o maior dos quatro processos que a CMVM tem em curso contra o banco.

O crime de manipulação de mercado é punido até três anos de prisão por quem os praticou, mas também se contempla uma punição de prisão até dois anos ou pena de multa até 240 dias, para quem num cargo de administração ou supervisão tivesse conhecimento
.

Crime a muitos "clientes inocentes"

Existem muitas pessoas que passam por graves danos de saúde física e psíquica, desarmonia familiar para além elevadas perdas patrimoniais, passando por graves privações que se reflectem também nos seus familiares. Pessoas que não têm posses financeiras para recorrer a advogados para além do desconhecimento que têm do contexto em que a prática do BCP se revestiu. Tendo conhecimento de que o BCP mesmo com a actual Administração continua a executar esses clientes e a pressionar para que façam o pagamento dos créditos, a estratégia do BCP referente à colocação de Acções próprias nos pequenos investidores, dada a gravidade da situação de milhares de famílias que se consideram vitimadas.

Há também execuções de livranças que os clientes entregaram em branco sem que tivessem sem conhecimento do "pacto de preenchimento da livrança" nem assinado esse pacto. Existe contratos que foram fotocópias tiradas nas Agências sem os clientes terem conhecimento do clausulado nem tão pouco assinado esse clausulado. Nos contratos +- a meio existe este texto "…, e tendo já feito entrega da necessária ordem de compra em bolsa,..", mas há clientes que nunca assinaram qualquer ordem de compra, havendo compras feitas "ao melhor" ou ao preço de venda no momento da compra, de notar que enquanto decorreu a Campanha no ano 2000 até Setembro o título foi "valorizando" progressivamente o que indicia manipulação face à Campanha que o BCP encetou nesse período, todos eles à Rede Sottomayor, mas existia outras Redes a saber: Private, Nova Rede, P&N, Coporate/Empresas, Atlântico, Expresso Atlântico, Banco 7, para as quais também foram marcados objectivos para a colocação de acções BCP, pelo que é expectável a existência de mais documentação destas redes...

Millennium BCP com graves riscos na sua saúde!i


BCP previne o mercado dos riscos que corre em consequência das investigações em curso
Lisboa, 05 abril.
- O BCP advertiu o mercado dos riscos que corre, com efeitos negativos na actividade, resultados das operações e situação financeira, se houver decisões contra a instituição resultantes das investigações em curso sobre operações que fez com sociedades off-shore.
"O banco corre o risco de ser objecto de sanções de natureza civil, administrativa ou outra, incluindo coimas, dependendo do resultado das averiguações e procedimentos em causa", previne o Banco Comercial Português no prospecto do aumento de capital cujo período de subscrição começa na próxima quinta-feira.
Além das consequências das investigações por parte das autoridades portuguesas, acresce ainda que "pode ser objecto de averiguações ou procedimentos por parte de outros reguladores", ou ser alvo de "litígios, em Portugal ou qualquer outro lugar, por parte de accionistas ou de terceiros".
Estes litígios, "se decididos em desfavor do banco, podem originar perdas significativas para o banco e fazer baixar os ratings" [avaliação que influencia as taxas a que a instituição se financia no mercado].
Todas estas acções, se resultarem em decisões em "desfavor do banco poderão ter um efeito negativo relevante na sua actividade, resultados das operações ou condição financeira".
Outra consequência que o banco não descarta, pelas infracções que porventura lhe venham a ser imputadas, é ter que vir a fazer novos ajustamentos à situação líquida, a somar à operação já feita este ano, com o abatimento de 300 milhões de euros.
"Não pode ser garantido que não sejam exigidos ao banco novos ajustamentos", lê-se na informação constante num capítulo sobre "factores de risco" integrado na documentação sobre o aumento de capital.
O BCP revela também pela primeira vez os resultados da auditoria interna que fez sobre as actividades das off-shores financiadas pelo banco que estão a ser investigadas.
Em síntese, revela que, entre 1999 e 2002, sociedades sedadas em centros off-shore adquiriram acções do banco, financiadas por este, que ascendiam em Novembro de 2002, a cerca de 5 por cento do capital social.
Descreve que as acções foram vendidas depois a um grupo empresarial, com actividade no imobiliário, e este assumiu "um passivo líquido para com o Banco de 450 milhões de euros", explica as posteriores transacções com a sociedade Comercial Imobiliária e a ligação desta empresa ao Projecto da Baía de Luanda.
Finaliza informando que "o Banco detém 99,9 por cento do capital social da CI, e, indirectamente, de 54 por cento dos benefícios futuros no Projecto da Baía de Luanda, (participação essa que, segundo duas avaliações independentes efectuadas em Setembro de 2007, está avaliada entre 278.8 milhões de euros e 231.6 milhões de euros)".